quinta-feira, 13 de junho de 2013

BELEZA KITSCH: LIME CRIME E MAQUIAGEM ULTRA COLORIDA


Doe Deere, fundadora da Lime Crime ©Reprodução

Azul, verde, cinza e preto. Até pouco tempo atrás, tais cores eram restritas, em maquiagem, a sombras, lápis para os olhos ou, no máximo, delineadores. Insatisfeita, Xenia Vorotova ou, como é mais conhecida, Doe Deere, criou a Lime Crime. A marca, simbolizada por dois unicórnios entrelaçados, é a simbiose kitsch do universo de sua fundadora: contos de fadas, tonalidades extravagantes e aversão absoluta à mesmice.

Deere, 32, nasceu em Izhevsk, na Rússia, e aos 17 anos mudou-se com a mãe, pianista de formação, e a irmã para Nova York. Em entrevista, ela contou que, antes de criar a Lime Crime, arriscou-se como designer de moda e música, mas, a partir de tutoriais que produziu para seu blog, encontrou a “verdadeira vocação”. A marca começou, em 2008, com apenas uma linha de batons e sombras; na época, Deere não possuía qualquer conhecimento técnico de cosméticos, tampouco acesso a grandes laboratórios.

Doe Deere, fundadora da Lime Crime ©Reprodução

Sobre o início, quando a Lime Crime era apenas o nome de seu blog e uma ideia em sua cabeça, Deere comentou em conversa com o site “Cut Out + Keep”: “Os primeiros laboratórios que busquei para desenvolver os batons me disseram que era louca, mas, em meu coração, sabia que era possível”. Ela ainda adicionou a frase que sintetiza a filosofia da marca, assim como sua própria personalidade: “Eu acho que batom azul é bonito, e não iria deixar ninguém me dizer o contrário”.

A própria Deere, que é casada com o sócio, Mark Dumbelton, é a melhor porta-voz da Lime Crime; foi graças à sua popularidade na internet, inclusive, que as vendas decolaram e os batons e sombras originaram vários outros produtos, como delineadores, glosses, glitters e esmaltes, todos bastante pigmentados, eco-friendly e veganos. Segundo ela nos contou, a marca foi “completamente autofinanciada – sem investidores, sem dívidas” e, desde o princípio, lucrativa.

Lady Gaga e Ke$ha com o batom “No She Didn’t”, da Lime Crime ©Reprodução

De acordo com Deere, todos os produtos da Lime Crime nascem organicamente, de suas ideias, e então são levados para os laboratórios que, hoje, a marca possui. “Meu químico e eu trabalhamos para descobrir uma maneira de trazer a ideia à vida. Às vezes, pode ser desafiador, mas é sempre excitante e muito divertido”, contou. Quando perguntada se mesmo os itens mais “exóticos” vendem bem, como os batons preto, azul, amarelo e verde, ela simplesmente responde, com o aval de Ke$ha e Lady Gaga: “Não poderia nomear um que não tenha sido hit”.

Os batons “Styletto”, “Mint to Be”, “New Yolk City” e “No She Didn’t” (todos US$ 15,99), da Lime Crime ©Reprodução

Aliás, por falar em nomes, os dos produtos da Lime Crime, em especial de seus batons, são tão irreverentes quando as cores ou as embalagens. “O amor por trocadilhos é algo que meu parceiro e sócio Mark [Dumbelton] e eu temos em comum, entre outras coisas. Fazer combinações de palavras extravagantes é um hobby, nós não conseguimos resistir”, comentou Deere em entrevista ao site “Buzznet”. Sem lojas próprias, a marca está presente em pontos de venda nos Estados Unidos, Canadá e Japão, mas é, sobretudo, a internet que a leva para quase todo o mundo, incluindo para o Brasil.

Delineadores “6th Element”, “Rhyme”, “Orchidaceous” e “Reason” (todos US$ 13,99), da Lime Crime ©Reprodução

A relação da Lime Crime com o Brasil, por sinal, é particularmente forte. Ao explorar o site da marca, encontramos até frases em português, sem contar a existência de uma assessora de imprensa dedicada somente ao país. “Adoramos nossas consumidoras brasileiras, elas são tão alegres e coloridas”, justificou Deere.

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